segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

ALGUÉM TINHA QUE MORRER




Deus criou os céus e a terra, fez o homem a sua imagem e semelhança, como coroa da sua criação. Deus ordenou ao homem que não comesse do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, no entanto, o homem desobedeceu ao Criador e comeu do fruto proibido. Essa atitude foi classificada como o primeiro pecado do ser humano.
O conceito de pecado pode ser compreendido através de algumas palavras específicas: A palavra adikia que significa iniqüidade; a palavra asebeia que significa impiedade; a palavra hamartia que significa “errar o alvo”, ou seja, quando queremos fazer algo ou nos comportarmos de alguma forma e não logramos.
Paulo escreveu: “Porque nem mesmo eu compreendo o meu modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto. Ora se faço o que não quero, consinto com a lei que é boa, neste caso quem faz isso já não sou eu, mas, o pecado que habita em mim”. Pode-se também definir o conceito de pecado com a palavra parabasis que significa “ultrapassar limites, transgressão”, isso acontece quando se ultrapassa os limites impostos por alguém ou por alguma lei. Adão e Eva cometeram este grande erro no jardim do Éden, manifestando sua desobediência à Deus.
O erro cometido pelo o homem está relacionado com o fato de ter acreditado nas palavras da serpente que disse que não sofreriam nenhuma conseqüência das que Deus havia advertido. Ao dar crédito às palavras da serpente, desonrando, assim, as palavras de Deus, o homem se condena, pois a bíblia diz que Deus não pode ser burlado. Este ato do homem ofendeu a personalidade de Deus, e como conseqüência deste erro o homem foi designado a morrer, porém, Deus, através da sua onisciência, preparou um plano de salvação, um projeto para redenção.

O plano de Deus era enviar o seu filho ao mundo para que este recebesse no lugar do homem o juízo divino a fim de que fosse liquidada a dívida humana para com o Senhor, uma forma de fazer com que o homem voltasse ao seu Criador. Para executar o seu plano, Deus precisava preparar o coração dos homens, o intelecto humano, para entender o sacrifício do seu filho no futuro, para isso o Senhor estabeleceu o sacrifício de animais em paga pelo o pecado, com o intuito de que os meios divinos de expiação fossem compreendidos pelo o ser humano.

A primeira menção de sacrifício de animal na Bíblia está implícita em Gênesis, onde o Senhor sacrifica um animal com o objetivo de cobrir a nudez do ser humano, isso hermeneuticamente pode ser interpretado como um tipo do sacrifício de Cristo, ou seja, o sacrifício de Cristo não cobriria o corpo do homem, o seu exterior, mas cobriria a alma do homem que estava nua por causa do pecado, isso era necessário porque o pecado fez que a alma humana se despisse do sentimento de inocência que a cobria, e foi invadida pelo o sentimento de culpabilidade trazido pelo o pecado.

Os sacrifícios de animais eram incapazes de trazer a salvação ao homem, eram sacrifícios imperfeitos, Pearlman comenta que “a repetição dos sacrifícios de animais é sinal de sua imperfeição, não podiam fazer perfeitos ao adorador”, assim não podiam proporcionar uma relação perfeita para com Deus sobre a qual conseguisse edificar o seu caráter, não podiam oferecer essa experiência de transformação espiritual que devia ser o começo de uma nova vida.
Sendo o sacrifício de animais, relatados no Antigo Testamento, imperfeito para a salvação, o homem necessitava de um sacrifício superior, havia a necessidade de um sacrifício perfeito que justificaria o homem diante de Deus para sempre, era necessário o sacrifício de Cristo, pois este seria o sacrifício perfeito, o sacrifício que seria oferecido por um sacerdote perfeito, a vítima perfeita, ofertado uma só vez por todos e para todo sempre.

Marciel Gama (Ministro do Evangelho na Igreja Evangélica Assembléia de Deus, professor de teologia no IBADEP, bacharel em Administração de empresas)

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