sexta-feira, 5 de setembro de 2008

UMA QUESTÃO DE ESCOLHA


Certa vez, um jovem rico foi encontrar Jesus com o desejo de aprender mais sobre a vida eterna, perguntou à Cristo sobre quais seriam os requisitos necessários para ser bem sucedido na vida vindoura. O moço foi afável com Cristo ao lhe chamar de bom mestre, essa expressão “bom mestre” na língua original na qual foi escrita essa narração indicava que Jesus era um mestre que ensinava os seus discípulos, não era comum em Israel se dirigir aos mestres usando tal adjetivo para lhe caracterizar, aquele rapaz foi bem educado ao começar um dialogo com Cristo com amabilidade, sinal que tinha muita consideração por Jesus e aspirava aprender. O Jovem pergunta a Jesus o que devia fazer para entrar na vida eterna, Cristo lhe pergunta se ele guardava os mandamentos, indicando a importância que tem a lei na formação de um caráter moralmente louvável, a resposta do mancebo foi que sim, e os guardava desde sua juventude, no entanto lhe faltava algo extremamente importante, o desprendimento dos bens materiais que possuía. O mestre o convidou para que se convertesse em seu discípulo, no entanto, como um teste de entrada para o rol de discípulos, o Senhor exige que o tal pratique o primeiro mandamento aquele que diz “amarás o Senhor teu Deus sobre todas as coisas”, claro que este mandamento estava implícito no pedido feito, observe que Cristo exige que desse tudo o que tinha aos pobres e depois o seguisse, essa ação colocaria em evidencia sua decisão de amar a Cristo e as coisas celestiais mais do que as suas riquezas materiais. É uma lástima aquele moço ter falhado logo no primeiro mandamento e não ter sido capaz de fazer o que Cristo queria que fizesse, quem sabe poderia ter aprendido muito junto com o mestre. A intensidade do amor que sentia por Cristo não foi suficiente para que despertasse nele a volição de escolher ser seu discípulo. A cognição empírica que ele tinha sobre Deus até o presente era insuficiente para que tomasse a decisão de abandonar tudo.

Duas alternativas estavam lançadas ao rapaz para que escolhesse uma, poderia optar em continuar com a sua riqueza e ter uma vida sem nenhuma modificação considerável, ou poderia escolher desfazer da sua riqueza, se tornar um discípulos do mestre e obter uma vida distinta, cheia de novidades, tendo como vantagem a proteção de Jeová, um Deus que nunca deixa os seus filhos passar fome, sempre trata de forma peculiar aqueles que projetam os seus planos conforme a vontade Dele.

O Jovem rico escolheu ficar com a sua riqueza e foi embora triste, a bíblia não fala por quanto tempo durou essa tristeza, mas será que passou rápido? Será que ele não se arrependeu no resto de sua vida por fazer aquela escolha? Será que essa escolha foi lucrativa? Na visão humana ponderamos e classificamos a decisão dele como sendo bem racional, porém ao olhar de uma outra ótica, no âmbito espiritual foi uma decisão insensata, pois não há nada melhor do que estar na vontade de Deus, nunca se deve esquecer que o Senhor é o dono do ouro e da prata, tudo o que temos não é nosso e sim de Deus, tudo que esta no universo pertence a Deus, apenas usufruímos e administramos aquilo que Deus nos concede.

Quem anela fazer uma boa escolha durante a sua vida terrena, deve dar preferência sempre às coisas celestiais, buscando primeiramente o reino de Deus e a vontade do Senhor, não que as coisas terrenas não tenham valor. Não é da vontade de Deus que a nossa vida aqui na terra seja somente sofrimento, todavia há algumas correntes de pensamentos religiosos que defendem uma ideologia que prega que a vida é um sofrimento, isso é um pensamento deturpado e herético, quando se analisa essa questão com uma hermenêutica fidedigna dos termos bíblicos, se entende que o Senhor quer que atentemos a dar ênfase no seu reino celestial de amor, e quando o homem assim fizer, consequentemente a sua vida material também melhorará.

Ser um bom religioso não vai te garantir segurança nenhuma quanto a salvação. Observar tradições, leis, rituais, costumes e seguir algumas regras carregadas de conceitos morais da Igreja onde você freqüenta ou congrega não lhe servirá de nada para lhe garantir uma vida vindoura abençoada se você não tiver amor para com Deus, e esse amor deve estar acima de todas as coisas.

Marciel Gama (Ministro do Evangelho na Igreja Evangélica Assembléia de Deus, professor de teologia no IBADEP, acadêmico do curso de Administração)

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